segunda-feira, 25 de maio de 2009

Imagine...


Você acordou! Se arrumou para mais um dia de trabalho e, ao sair na rua, percebe que as coisas estão "bem diferentes". O mundo se tornara um "mundo adaptado" ,onde a "maioria" era a "minoria". Este mundo beneficiava somente os que não podiam andar, ver e ouvir e você se desesperava pensando: e agora? Como farei para me comunicar se não sei Língua de Sinais? Como conseguirei ler, se não sei Braile? Como irei me locomover normalmente, onde a maioria usa Cadeira de Rodas? ... Acordou!!! Correu para a janela e, aliviada, pensa: Ufa!! Tudo continua como antes... E observa, pela janela, que nada mudara e percebe, envergonhada, que a "minoria" continua sendo massacrada pela "maioria", que esta "minoria" continua sofrendo com o preconceito, com o descaso de uma "maioria" que podia andar, ver e ouvir, mas que estava impotente para agir e mudar aquele quadro, que não via as necessidades daqueles que estavam à margem e que estavam com seus ouvidos fechados para a voz daqueles que possuíam idéias para mudar aquela realidade... Você abriu a porta e resolveu fazer a "sua parte" e contribuir para uma Sociedade melhor e mais justa.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

EMPATIA


A palavra EMPATIA é, segundo Hoffman (1981), a resposta afetiva vicária a outras pessoas, ou seja, uma resposta afetiva apropriada à situação de outra pessoa, e não à própria situação.

Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma "espécie de" "inteligência emocional" e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva - relacionada à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.

O Filósofo alemão Theodor Lipps (1851-1914) deu a seguinte definição para empatia, "para indicar a relação entre o artista e o espectador que projeta a si mesmo na obra de arte."

Resumindo, EMPATIA é a CAPACIDADE QUE O SER-HUMANO TEM DE SE COLOCAR NO LUGAR DOS OUTROS.

E você? Possui essa capacidade?

Sair do "nosso cantinho", "nosso lugar de conforto" (que criamos, inconscientemente, nos protegendo do mundo) é realmente, muito difícil!

Mas, como iremos, sentir, perceber, entender a "dor do outro"? Chorar com os que choram, alegrar com os que se alegram?

Sozinhos, não conseguiremos. Pois precisamos de um ingrediente principal e especial, o AMOR.

O Amor Philia que Em grego, significa altruísmo, generosidade. Onde a dedicação ao outro vem sempre antes do próprio interesse. Quem pratica esse estilo de amor entrega-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas vontades para a satisfação do ser amado. Investe constantemente no relacionamento, mesmo sem ser correspondido. Sente-se bem quando o outro demonstra alegria. No limite, é capaz até mesmo de renunciar ao parceiro se acreditar que ele pode ser mais feliz com outra pessoa. É visto por muitos, como uma forma incondicional de amar.
E encontramos esse amor somente em Deus (A Fonte de todo Amor, em sua essência), que, ao ver a humanidade perdida, entrega seu filho unigênito, para ser morto em favor do homem. (Jo. 3:16)

Portanto, precisamos, ir à Fonte e permitir que o ingrediente especial desta fonte seja derramado em nossos corações e, assim, seremos capazes de amar o nosso próximo e a empatia será um sentimento natural em nossas vidas.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Viva a diferença!!!




SURDO-MUDO?!... MUDINHO?!... SURDINHO?!...
A Sociedade sempre rotula, de forma preconceituosa, o que não conhece. Não sei quem escreveu, mas achei uma excelente definição quando li, "Preconceito é quando se tem uma opinião, sem conhecimento do fato" E, realmente, quem não conhece de fato, acha que um Surdo também é mudo! E ao verificarmos fisiologicamente percebemos que alguns Surdos não falam, quando não são oralizados, ou seja, não aprenderam a falar através de exercícios fonoaudiológicos. Concluímos que O Surdo é capaz de falar normalmente, pois somente a sua audição é afetada e por isso, a fala precisa ser aprendida já que por não ouvir, a criança Surda não poderá repetir o som como uma criança ouvinte faz em seu processo natural de aprendizagem da fala. Mas, a criança Surda possui um processo de aprendizagem de comunicação diferente da ouvinte e este processo precisa ser estimulado e respeitado, pois se for negada à criança a oportunidade de adquirir e desenvolver uma língua natural, crescerá com um enorme déficit a nível linguístico, que comprometerá todo o seu desenvolvimento, incluindo o social, o que dificultará na construção de sua Identidade Surda. Mas, se a criança for exposta a uma língua gestual naturalmente, poderá adquirir um conhecimento cultural, sobre o mundo e as relações interpessoais, semelhante ao adquirido por uma criança ouvinte. Portanto, o oralismo não deve ser forçado, já que não é um método natural para o Surdo que, poderá, futuramente, optar se deseja ou não ser oralizado.
Quem não conhece de fato, chama os Surdos no diminutivo, infantilizando-os, por os considerarem incapazes, inferiores e que necessitam dos nossos cuidados e piedade.
Chegou a hora, de nós, Sociedade majoritária, nós ouvintes, aceitarmos o SER SURDO, abrirmos mão de preconceitos e paradigmas. Respeitarmos sua Cultura, sua língua, sua identidade.
Afinal, ninguém é igual a ninguém. Somos todos diferentes, portanto, viva a diferença!

Quando busco a meu Deus...


"Quando eu busco a meu Deus, não busco forma de corpo, nem formosura transitória, nem brancura de luz, nem melodia de canto, nem perfume de flores, nem unguentos aromáticos, nem mel, nem maná deleitável ao paladar, nem outra coisa que possa ser tocada ou abraçada. Nada disso busco, quando busco a meu Deus. Porém, acima de tudo isso, quando busco a meu Deus, busco uma luz sobre toda luz, que os olhos não veem; e uma voz sobre toda a voz, que os ouvidos não ouvem; e um perfume sobre todo perfume, que o nariz não sente; e uma doçura sobre toda a doçura , que o paladar não conhece; e um abraço sobre todos os abraços, que o tato não alcança. Porque esta luz resplandece onde não há lugar, e esta voz soa onde o ar não a leva, e este perfume é sentido onde o vento não derrama, e este sabor deleita onde não há paladar, e este abraço é recebido onde nunca será desfeito."

(Uma linda descrição do cristão em busca do nosso Deus, feita por Aurélio Agostinho em resposta à Aristófanes ou Erixímaco, quando lhe perguntavam se ele também estava ali para beber em honra a Dionísio, quando Agostinho invadiu um banquete pagão onde estavam presentes Fedro, retórico; Ágaton, poeta e dono da festa; Aristófanes, comediógrafo; Aristodemo, discípulo de Sócrates; Erixímaco, médico; Pausânias, artista plástico, e o militar Alcibíades.)

Percebemos imediatamente que o bravo e douto Agostinho entrara ali para higienizar, moralizar e cristianizar aquele banquete pagão.
(Texto extraído)