Ela chegou!!!

Demorei para atualizar as postagens do Blog, mas a explicação é que agora sou MÃE EM TEMPO INTEGRAL e a verdade é que não encontro, ou não quero encontrar, tempo para as outras coisas...
Estou aos pouquinhos retomando meus outros papéis (filha, esposa, amiga, mulher, blogueira...)
Cuidar da Beatriz me consome, me encanta, me alegra.... Estou "viciada" em Beatriz!!!

Bom, preciso relatar (c/ 6 meses de atraso) como tudo aconteceu. Vamos lá!!!




No dia 10/06/2010, as 10h da manhã, lá fui eu (barriguda ainda) para a Casa de Saúde São José (maravilhosa!!)
Na recepção do hospital (que na verdade parecia um hotel) estavam eu (Beatriz na barriga), minha mãe, meu esposo e minha amigona Gleice.
Fui direto para o quarto 301 e aguardei a visita dos profissionais que iriam acompanhar o meu parto cesárea que já estava marcado para iniciar as 13h.
Enquanto aguardava, sentia um misto de ansiedade para conhecer logo a minha filha e saudade da barriga que deixaria de ser paparicada por todos...
Tirei as últimas fotos e esperei...
Finalmente chegou a hora e lá fui eu, devidamente trajada e trêmula, tremia tanto que a maca balançava. Foi tudo bem rápido e indolor, a não ser no momento em que a minha obstetra estava desenrolando o cordão umbilical que estava todinho enrolado na Beatriz. (Tive uma sensação estranha como se estivesse me sacudindo por dentro...) e de repente.... ouvi o choro alto e lindo da minha filha, neste exato momento me senti MÃE e percebi que a minha vida nunca mais seria a mesma, pois Deus me havia entregue uma vidinha especial que eu teria que cuidar com muito amor e esse amor já me invadia e fazia meu coração disparar de tanta emoção...
MINHA BEATRIZ NASCEU!!! Pesando 3310g e medindo 47cm.
Rapidamente me entregaram a Beatriz para que ela sentisse o meu cheiro e se acalmasse e, realmente, o choro cessou assim que eu a segurei em meus braços.
Fui para o quarto e logo, logo, ela chegou para a primeira mamada e sugou desesperadamente como se soubesse que aquele seria o seu único alimento, durante seus seis meses de vida.
Na primeira noite ela foi dormir no berçário, afinal eu estava um caquinho e não podia falar nada para não ficar sofrendo com dores abdominais...
No dia seguinte, já me autorizaram falar e me ajudaram a levantar para tomar banho (que sacrifício levantar!!! Como doeu!!) Mas o sorriso retornou ao meu rosto quando vi trazendo a minha pequenininha, toda enroladinha, para mamar e assim ela ficou nos meus braços durante todo o dia e noite (dormiu comigo)
O dia seguinte foi o dia da alta e fui para a casa com o meu embrulhinho.

Começaram as noites mal dormidas por causa das mamadas noturnas, pois Beatriz mamava (e ainda mama) de 2 em 2 horas. Começou também o sofrimento da amamentação e entendi porque existe tanta insistência com campanhas em prol da amamentação. A amamentação é realmente uma tortura e acredito que haja muita desistência por parte de algumas mães que cedem à facilidade do Leite Artificial, introduzindo-o na alimentação de seus bebês e assim, se libertando da necessidade de amamentarem.
Confesso que quase cedi em alguns momentos, mas fui persistente colocando sempre a saúde da minha filha em primeiro lugar. Experimentei o amor sacrificial e abri mão de prazeres pessoais, comodismo, interesses próprios para alimentar a minha filha exclusivamente com Leite Materno em livre demanda (Sempre quando solicitasse)
Dormir, comer, tomar banho, escovar os dentes... se tornaram coisas difícieis e precisei de muita ajuda para conseguí-las.
"Ser mãe é padecer no paraíso" e, é mesmo!!! Entendi o significado deste ditado. Sofria, mas me realizava sempre que olhava para a minha filhinha e, sentia uma felicidade indescritível...