quarta-feira, 24 de março de 2010

Vacina assassina!!! Será?!


Há exatas 24h após ter tomado a vacina contra o vírus Influenza H1N1, resolvi relatar aqui a minha indignação por esse mito que tem se criado em torno da vacinação. Vídeos circulam na internet na tentativa de amedontrar a população com falácias e histórias que mais parecem sair de filmes de ficção científica. Acho que as pessoas que acreditam nestes vídeos e perdem a oportunidade de se imunizar contra este vírus que já matou tantos, vivem em um "mundo de cinema e ficção" achando que essa vacinação é uma conspiração de um "grande grupo poderoso" com o intuito de eliminar parte da população mundial. Efeitos colaterais, reações adversas, qualquer pessoa que fizer uso de qualquer medicamento, poderá apresentar... Mas isso não significa que devemos nos abster de tomarmos a vacina.

Sou gestante e, portanto, integrante do grupo de risco para este vírus e tomei sim a vacina. Até agora não apresentei reação alguma e nem o local de aplicação da vacina está dolorido e tomei a vacina contra o vírus H1N1 juntamente com a vacina Anti-Tetânica e nesta sim, sinto dor no local da aplicação.
Li um texto muito interessante e esclarecedor sobre a vacinação contra a gripe H1N1 que foi extraído da comunidade do Orkut "pediatria radical". O relato é da médica infectologista, Carolina Cipriani Ponzi (49)8828 2646. "Decidi escrever um e-mail com alguas informações sobre a vacina contra a Influenza (Gripe) depois de haver recebido, somente no dia de hoje, quatro e-mails de amigos me pedindo informações ou opiniões sobre o suposto "genocídio programado pela WHO e pela indústria farmacêutica".
Sou da opinião que quando recebemos um e-mail muito apelativo, com informações duvidosas que causam medo ou pânico, devemos acionar o "desconfiômetro" e checar as informações.
Primeiramente acho que todos merecem saber como uma vacina conta a Influenza é pesquisada e elaborada, para poder entender algumas coisas.
A Organização Mundial da Saúde (WHO) monitora os casos de Influenza no mundo, e sabe que tipo de vírus está circulando cada parte do nosso planeta. Assim, monta o que é chamado de pool vacinal (O conjunto de cepas do vírus Influenza que circulam com maior frequência e cada hemisfério) e a partir deste pool vacinal, a vacina é elaborada. Sabe como? Através da inoculação do vírus em ovos embrionados de frango. Estes vírus depois são inativados e a vacina é manufaturada.
A vacinação para a Gripe A, nada mais é que a cepa A/H1N1 do vírus Influenza (que circulou entre nós no ano passado) sozinha ou associada a mais duascepas da Influenza sazonal (Gripe comum).
Ou seja, todos os anos nossos idosos são vacinados contra a Influenza no Brasil e nunca se ouviu falar que isso fosse um plano montado pela Norvatis, Sanofi-Pasteur, GSK ou mesmo pelo nosso tupiniquim, mas eficientíssimo, Instituto Butãtã, para exterminá-los.
Os adjuvantes compostos na vacina (Timerosal e Esqualeno) servem para aumentar a resposta imune e são adicionados a algumas vacinas. Como a sua concentração é ínfima, não há riscos à exposição e percebe-se somente algums reações locais como dor e vemelhidão. Entretanto, recomenda-se que gestantes e crianças até dois anos de idade não recebam vacinas com adjuvantes. Tanto a rede pública como a rede privada dispõe de vacinas contra a Influenza sem adjuvantes que estão reservadas especialmente para estas populações.
A vacina contra a Influenza A tem sido administrada em milhões de pessoas no Hemisfério Norte desde o final de 2009, assim como em milhões de pessoas na Austrália e na Nova Zelândia e não há relatos de óbitos ou qualquer outro efeito grave associado à ela. Sabe-se somente que as vacinas feitas a partir de vírus vivos atenuados podem causar um tipo de paralisia chamada de Síndrome de Guillián-Barré, mas isso é raro.
As únicas pessoas com contra-indicação à administração de vacinas feitas a partir de ovos embrioados (como a da Influenza) são as que tem alergia a ovos. Portanto, se você come salada de batata com maionese, X-Burguer com maionese e ovo ou mesmo aquela deliciosa pizza e nunca teve coceira, inchaço no rosto ou dificuldade respiratória, fique tranquilo!
Outra coisa que é importante saber, é que a vacina é uma coisa e Tamiflu é outra. Cada um no seu quadrado!
A vacina é um líquido contido dentro de uma seringa ou dentro de um vidro onde cabem dez doses que serve para estimular nosso sistema imunológico à produzir anticorpos (defesas) contra uma doença. O Tamiflu é o nome comercial do Oseltamivir, um remédio que inibe a replicação do vírus Influenza e serve para tratar a doença e ele não é feito a partir do anis estrelado, como dizem por aí.
Ou seja, a vacina serve para prevenir e o Tamiflu serve para tratar o que não foi prevenido.
Obviamente que a decisão sobre vacinar-se ou não é individual, e não há uma obrigatoriedade estabelecida por parte do Governo, ou quem quer que seja, para que as pessoas se vacinem. Entretanto, quem já teve um quadro de Influenza sabe muito bem o quanto incapacitante essa doença é. Quem já viu casos graves de Pneumonia viral primária pelo vírus Influenza sabe muito bem o quanto é angustiante ver uma pessoa jovem, muitas vezes grávida, morrer por causa disso.
Já que circula um e-mail com informações incorretas, tendenciosas e irresponsáveis sobre um problema de saúde pública mundial, resolvi dar a cara à tapa e prestar esclarecimento às pessoas."
Percebo que até pessoas que se dizem cristãs estão receosas de tomar esta vacina e aí pergunto, e a fé? Aonde está? A Bíblia nos diz que não devemos temer coisa alguma.

Aproveito para usar a Palavra de Deus e compartilhar com vocês o que me deu coragem para tomar esta vacina e permitir que minha filha seja imunizada até o seu sexto mês de vida...

Mc. 16.18 diz para aqueles que crerem..."Poderão até pegar em serpentes com toda a segurança, e se beberem alguma coisa venenosa, não lhes fará mal. Poderão pôr as mãos sobre os doentes e curá-los"

Se a Palavra de Deus me dá esta segurança porque então temer uma simples vacina que já foi testada em vários países antes de ser aplicada aqui.


O que me preocupa, é que vários integrantes de grupos de risco estão abstendo-se de vacinar devido a influência destes vídeos oportunistas e enganosos e assim, se tornam vulneráveis a contrair a doença e aí sim, se tornarem disseminadores da mesma.


Não devemos esquecer que o vírus continua circulando e infectando em vários países, incluindo o Brasil e devemos aproveitar estas etapas de vacinação para excluirmos pelo menos, provisoriamente, os grupos de riscos que são mais propensos a contrair e disseminar a forma mais letal da doença.


Ou vocês preferem andar diariamente, como neuróticos, com máscaras e bezuntando as mãos com álcool?


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